Maria de Lourdes ficou inconsciente e foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela foi encaminhada para o Hospital Universitário.
Ao saber que o olho não poderia ser reimplantado, a dona de casa optou pela doação. “Eles falaram que estava intacto. Então eu perguntei: 'se não dá mais para implantar em mim, dá para implantar em outro?'”, disse.
Com a autorização dela e dos familiares, a doação foi possível. As córneas foram implantadas em outra pessoa, que não teve a identidade divulgada. “Que ela possa agora no Natal enxergar as maravilhas que Deus deu pra gente”, disse Maria de Lourdes.
O filho de Maria de Lourdes está internado em uma clínica psiquiátrica e passa por tratamento.
Raridade
Oftalmologistas afirmaram que a doação de córneas entre vivos é rara. “É a primeira vez que escuto falar de um caso assim. A doação entre vivos não é possível, pois não é permitida por lei. É diferente da doação de um rim, por exemplo”, disse o oftalmologista Noburo Yagui.
Oftalmologistas afirmaram que a doação de córneas entre vivos é rara. “É a primeira vez que escuto falar de um caso assim. A doação entre vivos não é possível, pois não é permitida por lei. É diferente da doação de um rim, por exemplo”, disse o oftalmologista Noburo Yagui.
Segundo Yagui o reimplante do olho não é possível nesse caso porque o órgão perderia a funcionalidade. “Não dá para reimplantar porque, quando você rompe o nervo óptico, não tem como religá-lo. E, uma vez rompido esse nervo, ele não tem como regenerar”, explicou o médico.
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