sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Avicultores do Oeste baiano buscam estruturação do setor.

Identificar gargalos e buscar caminhos para estruturar o setor avícola do Oeste baiano. Este foi o objetivo da mesa de debates, realizada no dia 16 de dezembro, em Barreiras. O evento foi uma continuidade do seminário “Uma proposta para o desenvolvimento da avicultura, suinocultura e laticínios do Oeste da Bahia”, que aconteceu no dia 28 de novembro, com o apoio da Aiba.

Representantes de indústrias de alimentos, entidades da sociedade civil, instituições financeiras, sindicatos e associações do Agronegócio regional, apontaram as principais necessidades do setor para que ele possa crescer de maneira sólida. Um dos pontos mais relevantes foi a necessidade de oferta de condições facilitadas de crédito para que o criador individual possa profissionalizar e ampliar sua estrutura. Somando-se a isso, surge a falta de formação e acompanhamento técnico do pequeno e médio avicultor, o que dificulta o fornecimento de um animal de qualidade e criado dentro das condições de higiene exigidas pela vigilância sanitária.

Este panorama afeta, diretamente, as duas grandes indústrias de alimentos instaladas na região, que operam abaixo de suas capacidades de produção por falta de fornecedores. Cada uma delas possui apenas um avicultor agregado. Os representantes destas indústrias reclamam também da falta de mão de obra qualificada. “Do mecânico ao eletricista, em qualquer setor na área industrial, hoje nós temos dificuldade. Mas estamos buscando o Senai, Sesi, Sebrae e todos eles estão empenhados nesse processo de capacitação”, disse Nivaldo Neves, sócio proprietário da Frango de Ouro.

A qualificação da mão de obra é fundamental para estas indústrias que possuem uma estrutura que engloba unidades de processamento de ração, frigoríficos e máquinas para embalagem dos frangos abatidos. O único problema que os empresários não enfrentam é a falta de matéria-prima para a produção da ração animal. “O milho, milheto, sorgo, farelo de soja, óleo de soja, compramos daqui da região. Quase 100% do insumo que a gente necessita vem daqui”, informou Eduardo Mota, gerente de processos da Mauricéia.

No final dos debates, foi formado um Comitê Técnico que terá o objetivo de atualizar documentos, propostas e projetos voltados para a estruturação do setor. A primeira reunião do Grupo será no dia 19 de dezembro.

A cadeia da suinocultura foi convidada para participar da mesa de debates mas não compareceu.

Ascom Aiba
via Barreiras Notícias

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