Um equipamento de captação de energia solar que promete zerar o valor de consumo nas contas de luz em residências, comércios e até mesmo indústrias. Essa é uma das novidades apresentadas na 11ª edição da Bahia Farm Show, feira de tecnologia agrícola e negócios que foi aberta nesta terça-feira (2), em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, com a perspectiva de movimentar até o sábado (6) a quantia de R$ 1 bilhão em vendas.
O sistema de captação é apresentado pela empresa Ecoelétrica, que afirma ter importado materiais da Alemanha para produzir os equipamentos no oeste do Estado. Segundo José Roberto, responsável pela administração e vendas do sistema, o produto é abastecido pela luz solar, que transfere a energia armazenada para a rede da concessionária que abastece o estado ou cidade.
"A gente [a empresa] está ligada na rede da concessionária. Aqui, no caso da Bahia, a rede Coelba. Então, a gente monta o sistema solar, que deposita [a energia] na rede. Ou seja, durante o dia você está produzindo sua própria energia e joga na rede. À noite, você traz aquela energia que você depositou de volta", explica.
Diante da operacionalização, Benito Lopardi, engenheiro eletricista da empresa, explica que a tendência é que o cliente zere o valor de consumo da conta de energia. "A pessoa pode atingir a economia de 100%. A gente faz o cálculo para zerar o consumo, porque na conta também tem o ICMS, a taxa de iluminação pública. Então, essas tarifas continuam existindo", ressalta Lopardi.
Lopardi detalha que o equipamento é feito basicamente de silício. "São camadas finas de silício. O silício tem, eletricamente falando, a capacidade de criar uma camada, que a gente chama de depleção. Ela [a camada] cria uma diferença de potencial. Então, de um lado, quando tem o efeito da luz, o fóton é liberado e então cria esse diferencial, que é basicamente a tensão", conta.
Conforme José Roberto, o valor do equipamento varia com base na conta de energia do cliente. "A gente faz o valor baseado na conta de energia. Pega a conta de energia e faz o histórico dos últimos doze meses. Depois faz a média, sempre para compensar a época da chuva e a época do sol. Quando tem chuva, diminui um pouco a potência da máquina, mas não deixa de gerar porque tem a luz", ressalta.
Para um casa pequena com quatro pessoas, José Roberto estima que o sistema custe entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. Ele afirma que o custo do veículo é recuperado pelo cliente nos descontos da conta de luz em cerca de seis anos. "Esse retorno é na Linha B. A linha B é a residência e o comércio, que a gente vê lá na conta de energia. O retorno mais rápido é nesse grupo. Nós temos também o grupo A, que é aquele mais de indústria em que o custo do Kw é menor, então aumenta um pouco o tempo do retorno, mas também compensa", conclui. Do G1 BA, de Luís Eduardo Magalhães
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