segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

PMS SÃO OBRIGADOS A FAZER RODÍZIO DE COLETES À PROVA DE BALAS.

Com prazo de validade vencido, coletes à prova de balas usados por policiais militares de São Paulo não foram repostos. Com isso, os agentes são obrigados a fazer um rodízio do equipamento de proteção para poderem trabalhar. Só na região de Santo Amaro, na zona sul da capital, pelo menos mil unidades foram recolhidas no começo de dezembro, segundo a denúncia de um oficial. "A gente está sempre falando: [o prazo de validade do colete] está
para vencer daqui a seis meses, dois meses. Foi indo, foi indo e aconteceu que venceu, e nós estamos fazendo um revezamento", conta o policial, que não quis se identificar. Segundo o oficial, o problema é ainda mais grave, porque os coletes que estão sendo usados estavam guardados há cerca de um ano, após apresentarem defeito nas placas de proteção balística, que estavam "esfarelando". "A gente está de colete , mas não sabe se protege ou não", afirma. "O cara sai do serviço, deixa lá e a gente assume, pega o colete suado. Tudo, por causa da falta de organização da polícia com seus materiais." O problema com o número de equipamentos também significa que se for necessário colocar um efetivo maior na rua, por causa de alguma operação especial, não haverá coletes para todos os PMs.

Os policiais estão fazendo o rodízio desde o dia 12 de dezembro, mas não devem receber outros lotes com equipamentos de proteção em breve. Segundo a previsão passada aos policiais pelos comando da Polícia Militar, os novos coletes à prova de balas só devem chegar em fevereiro. Em nota, a Polícia Militar afirma que "conta com 83.819 coletes à disposição, que é um número superior ao efetivo total que os utiliza, o que permite uma reserva estratégica do equipamento". 

A corporação também garante que todos os coletes que estavam por vencer foram substituídos "no fim do ano passado". Segundo a PM, em 2015 foram investidos R$ 5,8 milhões na aquisição de 4.112 coletes de proteção balística para renovar o estoque. "Cabe salientar que todo PM tem um conjunto composto por placa de proteção balística (kevlar) e duas capas que os policiais podem alternar para o seu conforto", diz o final da nota. (Bandeirantes)

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