O técnico do saltador francês Renaud Lavillenie, prata no salto com vara na noite de segunda-feira (15), disse que a vitória do atleta brasileiro Thiago Braz pode ter relação com forças religiosas do país.
"Thiago conseguiu um salto de 6,03m. Ele pode ter contado com a ajuda de forças místicas, talvez as do candomblé", afirmou Philippe d'Encausse, ao jornal francês "Le Monde". Segundo a publicação, d'Encausse disse em tom de admiração que o Brasil é um país "bizarro".
Lavillenie ficou com o segundo lugar ao saltar 5,98m, não conseguindo superar os 6,03m de Braz, que garantiu o primeiro ouro masculino na história do salto com vara e quebrou o recorde olímpico.
O saltador francês criticou as vaias do público no estádio do Engenhão. Ele chegou a se comparar a Jesse Owens, velocista negro americano que fez história nos Jogos de Berlim, em 1936, ao confrontar a supremacia ariana de Hitler. "Em 1936, a multidão estava contra Jesse Owens. Não vimos isso desde então. Temos que lidar com isso", desabafou.
Lavillenie, por sua vez, se disse contente com o resultado, apesar do comportamento do público. "Uma prova inacreditável! Só estou decepcionado com a total falta de respeito do público. Isso não é digno de um estádio olímpico. Mas estou contente com esta medalha", afirmou.
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