A médica cubana Clara Elisa Gonzales, de 42 anos, morreu na noite de terça-feira (20), em Barreiras, oeste da Bahia, com suspeita de gripe H1N1. O caso foi notificado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), que aguarda a confirmação ou não da doença após o resultado de exames de laboratório. A profissional, que atuava por meio do Programa Mais Médicos no município de Bom Jesus da Lapa, se internou no hospital municipal da cidade na
segunda-feira (18) e foi transferida para o Hospital do Oeste (HO), em Barreiras, na terça (20), onde morreu após parada cardiorrespiratória.
Até a quinta-feira (14), o número de mortes relacionadas à doença no estado chegaram a seis, de acordo com boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Entre as mortes, está a de uma jovem de 23 anos, moradora de Vitória da Conquista, sudoeste do estado. Foram confirmados 25 casos da doença no estado, segundo o último boletim.
O secretário municipal de Saúde de Bom Jesus da Lapa, Marcélio Magno, disse que uma amostra coletada na médica foi encaminhada para o Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen-BA), em Salvador nesta terça-feira (19) para avaliar a suspeita de gripe H1N1 da médica cubana. É o primeiro caso suspeito de infecção pelo vírus na cidade.
“Até então, o caso está sendo tratado como síndrome respiratória aguda. Está sendo avaliada [a suspeita de H1N1] devido à rapidez que o quadro clínico evoluiu. Por ser médica, ela já vinha tratando, se automedicando. No hospital, ela fez raio-x e foi encontrada mancha no pulmão. Evoluiu para outro quadro, com infecção, mas descartou tuberlucose. Ela foi entubada, para garantir mais sobrevida, tentaram reanimar no HO, mas ela não resistiu”, diz o secretário.
Segundo comunicado do Hospital do Oeste, a médica já deu entrada na unidade com parada cardiorrespitarória. Após tentativa de reanimação, foi constatada a morte 20 minutos depois da entrada da paciente. De acordo com registro médico do hospital, a causa da morte foi pneumonia e síndrome da angústia respiratória aguda.
De acordo com o secretário de Bom Jesus da Lapa, os profissionais que tiveram contato com a médica também serão acompanhados pela Vigilância Epidemiológica do município. “A Vigilância vai fazer profilaxia, dar medicação e orientar para tomarem medidas de prevenção”, explica. A médica atuava no município desde outubro de 2013. Além de Clara Elisa, outros quatro médicos cubanos do Programa Mais Médicos também atuam na cidade.
“As unidades [de saúde] estão de luto porque ela é uma pessoa muito querida”, lamenta. O corpo da médica será velado em uma capela em Barreiras e deve ser encaminhado Cuba, onde será recebido pela família. G1