Neste domingo (19) a cadeia pública de Guanambi foi palco de um verdadeiro campo de guerra. Os detentos completamente descontrolados e revoltados iniciaram uma sessão de quebra-quebra e agressões mútuas. Ao todo são quase 200 presos vivendo em um espaço muito resumido, inclusive com uma área feminina. Ainda segundo a Guanambi FM, a rebelião teve início por volta das 14h30min e um dos detentos, desafeto da maioria, foi feito refém e sofreu diversas agressões, ficando bastante ferido.
A polícia civil em conjunto com a Polícia Militar deu início às negociações, todavia, os detentos queriam a presença do juiz e da imprensa. O juiz de direito da vara crime e execuções penais Roberto Paulo Prohmann Wolff está de licença, porém, foi localizado o promotor Áureo Teixeira de Castro que se deslocou até o local e iniciou nova negociação. Por último os detentos exigiram a presença da imprensa, através do radialista Rony Martins e do cinegrafista Mauro Loiro.
Todo o período de negociação foi tenso e muito dramático onde em alguns momentos os presos ameaçavam o refém e os outros que não participaram da rebelião e que por terem um regime diferenciado ficaram na parte externa da cadeia, ou seja, na rua. A equipe especializada da CETO estava de prontidão para invadir caso fosse necessário, haja vista, que por várias vezes se cogitou essa possibilidade. Os policiais estavam munidos de bomba de efeito moral e gás lacrimogênio.
Em meio à rebelião a polícia acredita que pelo menos três presos tenham fugido, embora a informação ainda não foi confirmada oficialmente. Enquanto estava ocorrendo a rebelião muitos parentes, sobretudo, mães dos custodiados, estavam em total desespero. A somatória dos prejuízos causados pode ser visto nas grades arrancadas, canos destruídos, ferros retorcidos, cadeados quebrados, móveis, paredes derrubadas e muitos objetos de uso pessoal jogados pelo chão. Na ação dos presos muita água espalhou-se pelas celas inundando tudo.
Entre as reivindicações dos presos destacam-se a agilização dos processos, concessão de progressão de regime para alguns presos entre outros. Mas, o que os detentos mais reivindicaram está relacionado às condições de alimentação e higiene. Segundo os presos ocorre que a empresa que ganhou a licitação para fornecer a alimentação está servindo comida estragada. Falta água para a higienização e o tempo de uso da mesma seria bastante limitado, além da superlotação.
Outra reivindicação é quanto ao suposto privilégio de alguns presos dentro da cadeia. Após os detentos relatarem tudo isso, o promotor Dr. Áureo Teixeira de Castro, se comprometeu em analisar a situação e buscar na medida do possível atender as solicitações dos presos. Os presos também solicitaram a impressa na pessoa do radialista Rony Martins, a divulgação das referidas reivindicações que foram feitas e gravadas para divulgação na rádio para que a sociedade tomasse conhecimento através dos programas jornalísticos. Após todo esse momento tenso o refém foi liberado, mas estava bastante machucado e com um ferimento profundo na cabeça. Após a liberação do preso que estava sendo feito refém, o SAMU foi acionado para prestar o atendimento.
O promotor Dr. Áureo relatou ao radialista Rony Martins que diante desta situação é impossível manter uma cadeia em tamanha degradação e existe a possibilidade do Ministério Público solicitar a interdição da respectiva cadeia.
Durante todo o processo de rebelião e negociação a 96 FM através da equipe do 96 Notícias 1ª Edição formada por Rony Martins, Repórter Radiola e o cinegrafista Mauro Loiro fez cobertura ao vivo com o apoio do programador Sorivaldo Mendes (Didica)
(Fonte: Blog do Glauber)
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