Estudos realizados por pesquisadores da Universidade de Oxford concluíram que mulheres que passam pelo tratamento de terapia de reposição hormonal (TRH) podem vir a desenvolver câncer de ovário. Segundo as descobertas, o risco seria ligeiramente maior do que antes imaginado. Ainda assim, os especialistas dizem que não há uma razão relevante para que as mulheres deixem a terapia. Os estudos mostram que o uso de TRH por apenas alguns anos seria responsável por um crescimento de 40% do risco de câncer de ovário, enquanto a orientação vigente do Reino Unido, que está passando por um processo de revisão, diz que o risco seria por uso em longo prazo. O risco real ainda é pequeno, uma vez que há cerca de um caso adicional de câncer de ovário para cada 1.000 mulheres e uma morte por câncer de ovário extra para cada 1.700 mulheres entre as mulheres que tomam TRH por cinco anos a partir dos 50 anos (idade que a menopausa geralmente começa). Segundo o jornal O Globo, a co-autora do estudo, Dame Valerie Beral, disse que, mesmo com menos de cinco anos de uso, o risco definitivo de câncer de ovário é totalmente relevante para os padrões de uso vigentes. O estudo foi realizado pelo Grupo de Colaboração Internacional em Estudos Epidemiológicos de câncer de ovário, organizado pela Universidade de Oxford, e publicado na revista "The Lancet".
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