O fenômeno do El Niño com aquecimento anormal das águas começa a interferir nos corais do mar do sul baiano. O branqueamento dos corais pode tornar a área mais vulnerável à poluição, além de outros problemas de alteração no meio ambiente. Segundo cálculos do NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, na sigla em inglês), órgão do governo americano, a previsão é que a temperatura suba 0,5ºC acima da média histórica no sul da Bahia até junho.
Abrolhos, na costa da cidade de Caravelas, é o local que mais pode sofrer com branqueamento. “Caso a pluma do Rio Doce atinja essa região neste período de El Niño, os corais já fragilizados pelo aquecimento terão mais dificuldades para se recuperar e podem não resistir”, avalia o geólogo José Carlos Seoane, membro da Rede de Pesquisas Coral Vivo e professor do Instituto de Geociências da UFRJ.
O branqueamento ocorre quando as microalgas simbiontes - chamadas de zooxantelas e que dão cor ao tecido quase transparente do coral - são expulsas por conta de estresses como aquecimento, acidificação da água ou poluição.
BN
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