De acordo com dados de março do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o custo da energia elétrica acumula inflação de 60,42% no período de 12 meses - a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 8,13%. Em março deste ano, a energia elétrica ficou, em média, 22,08% mais cara no país, respondendo por mais da metade da inflação oficial no mês, que ficou em 1,32%. A coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, explicou que o aumento leva em conta os reajustes extraordinários concedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica [Aneel] às concessionárias, além da bandeira tarifária (custo extra que o consumidor precisa pagar quando as usinas termelétricas são acionadas para produzir energia). Entre as cidades e regiões metropolitanas analisadas pelo IBGE, as maiores altas na energia elétrica foram registradas em Campo Grande (34,77%) e Curitiba (32,73%). Em Recife, houve o menor reajuste: 0,65%. No Rio, a alta foi 23,34% e em São Paulo, 25,63%. A inflação de março também teve impacto dos alimentos, que aumentaram 1,17% no mês. Entre os produtos com maior aumento de preços estão cebola (15,1%), ovo de galinha (12,75%) e alho (7,66%). Outros produtos com alta foram refeição fora de casa (1,03%), leite longa vida (2,74%) e pão francês (0,93%). A taxa do IPCA acumulada em 12 meses, de 8,13%, é a maior desde dezembro de 2003 (9,03%).
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