O aposentado Djalma Antônio Jardim, de 40 anos, que tinha xeroderma pigmentoso, uma doença rara de pele, morreu na manhã desta segunda-feira (27) no Hospital Geral de Goiânia (HGG). Segundo o diretor-técnico da unidade, Rafael Nakamura, ele desenvolveu um tumor cerebral que teve uma evolução muito rápida.
"Pela localização e grande volume, infelizmente, o tumor era inoperável", explicou o médico ao G1.
Djalma morava no povoado de Araras, em Faina, na região noroeste de Goiás, onde há a maior taxa mundial de incidência da doença, com 24 diagnósticos confirmados. O aposentado fazia tratamento no HGG desde 2010.
Na última quarta-feira (22), ele foi até o hospital para um consulta de rotina, quando relatou que sentia fortes dores de cabeça, além de dificuldades motoras e para enxergar. "Por conta dos sintomas neurológicos, ele foi prontamente internado para a realização de exames. No dia seguinte, passou por uma ressonância, que confirmou a existência do tumor", relatou Nakamura.
Segundo ele, em função do rápido avanço do câncer, Djalma apresentou piora do quadro de saúde e foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) na manhã de sábado (19). "Se o caso não fosse tão grave, ele seria encaminhado para tratamentos paleativos. Mas, infelizmente, não houve tempo e ele morreu nesta manhã", destacou o médico.
Na última quarta-feira (22), ele foi até o hospital para um consulta de rotina, quando relatou que sentia fortes dores de cabeça, além de dificuldades motoras e para enxergar. "Por conta dos sintomas neurológicos, ele foi prontamente internado para a realização de exames. No dia seguinte, passou por uma ressonância, que confirmou a existência do tumor", relatou Nakamura.
Segundo ele, em função do rápido avanço do câncer, Djalma apresentou piora do quadro de saúde e foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) na manhã de sábado (19). "Se o caso não fosse tão grave, ele seria encaminhado para tratamentos paleativos. Mas, infelizmente, não houve tempo e ele morreu nesta manhã", destacou o médico.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Xeroderma Pigmentoso (AbraXP), Gleice Francisca Machado, a notícia da morte de Djalma deixou a população de Araras, onde também moram os parentes dele, muito abalada. “Ele lutou, mas não conseguiu. Tinha sido diagnosticado com um tumor na cabeça, sendo que tinha uma parte interna no cérebro. Estamos todos arrasados”, disse ao G1.
Segundo Gleice, o corpo de Djalma será levado para Araras, onde será velado e enterrado. Ainda não há previsão de quando as cerimônias serão realizadas.
A doença
O xeroderma pigmentoso é uma doença hereditária, ou seja, apenas transmitida de pais para filhos, e ainda não existe uma cura. Sendo assim, os portadores precisam se esconder dos raios ultravioletas (UVA e UVB) gerados pelo sol, pois isso aumenta ainda mais a evolução das manchas na pele e o aparecimento de tumores malignos.
O xeroderma pigmentoso é uma doença hereditária, ou seja, apenas transmitida de pais para filhos, e ainda não existe uma cura. Sendo assim, os portadores precisam se esconder dos raios ultravioletas (UVA e UVB) gerados pelo sol, pois isso aumenta ainda mais a evolução das manchas na pele e o aparecimento de tumores malignos.
Djalma lutava contra o mal desde 7 anos de idade, quando as primeiras manchas escuras na pele começaram a surgir. Desde então, ele passou por dezenas de procedimentos cirúrgicos e perdeu o nariz, o lábio superior, parte da bochecha e um dos olhos. No lugar, usava uma prótese rudimentar, feita a mão.
O G1 esteve na casa de Djalma em maio do ano passado e ele relatou o sofrimento enfrentado por conta do xeroderma. “Aos 9 anos eu fiz a primeira cirurgia, mas ninguém sabia direito explicar se era grave. Lembro que enquanto fiquei internado me davam muitas injeções e eu fugia das enfermeiras para não tomá-las, mas esse tratamento não surtiu efeito e as manchas continuaram a aparecer. Desde então, já perdi as contas de quantas cirurgias fiz, mas chuto que são mais de 50”, afirmou.
O aposentado tem outros seis irmãos, sendo que três deles também têm a doença. Um deles já havia morrido por complicações do mal. “Ele teve ferimentos graves, muitos tumores internos, e desistiu de lutar. Quando morreu, estava todo deformado e não tinha mais forças para se alimentar. Por isso, ficou deitado em uma cama e morreu seco, de fome e sede”, lamentou, na ocaisão.
Todos os familiares de Djalma moram no povoado e seus arredores, mas ele permanecia sozinho em uma casa.
via Barreiras Notícias
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