Um incêndio continua a se alastrar em duas regiões da Chapada Diamantina, na Bahia, nesta quarta-feira, 11. As chamas começaram há 17 dias no Morro Branco, no Vale do Capão. Neste fim de semana foi identificado outro foco na cidade de Ibicoara. Brigadistas combatem o fogo nas duas regiões, mas encontram dificuldade.
De acordo com o brigadista Elias Costa Júnior, o acesso aos locais atingidos pelo incêndio é
complicado por conta do terreno acidentado e com pedras soltas. Outros fatores também dificultam o trabalho. “Esse tipo de incêndio é um dos piores, porque o processo para debelar é lento e tem muito combustível (para o fogo) devido ter turfa (material de origem vegetal, parcialmente decomposto) na área atingida”, explica.
Ele afirma também que as chamas são recorrentes, mesmo com o combate diário, já que “esquenta (a vegetação) e o fogo volta”. Com isso, o brigadista acredita que agora só é possível monitorar o incêndio para evitar que ele se propague ainda mais. “Só a chuva poderá acabar com o incêndio”, diz.
Atualmente, cerca de 70 pessoas atuam no controle da situação, entre brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e voluntários.
Apesar do trabalho, moradores da Chapada Diamantina usam as redes sociais para falar do temor do incêndio atingir as áreas urbanas. Um internauta disse que o “fogo está descendo a serra, o que significa que o Vale do Capão corre risco!”.
A situação em Ibicoara também é crítica e há relatos de que a fumaça atingiu a cidade, o que causa desconforto respiratório para os moradores.
Rb.am
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