domingo, 19 de maio de 2013

ONU aposta em consumo de insetos 'vai ser como sushi'.



Devorar um suculento prato de larvas, gafanhotos puxados no alho ou formigas crocantes pode parecer prova de resistência de um reality show qualquer, mas, se depender da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), pode se tornar uma prática comum no dia a dia de qualquer terráqueo. Questionado sobre a resistência que fatores culturais podem gerar especialmente entre os ocidentais, Paul Vantomme - representante da organização em Roma - lembra o quão esquisito podia parecer para os mesmo ocidentais, há não mais de 20 anos, comer peixe cru.

“Com a globalização, o sushi, aos poucos, se instalou nos restaurantes, nas cidades, e agora é uma coisa normal. Isso não quer dizer que vamos comer sushi todos os dias.

Comemos quando temos vontade, outro dia fazemos um churrasco ou uma feijoada. Por que não, uma vez por mês, comermos algo exótico, como insetos?”, diz ele, apostando que ainda se tornará natural, vez ou outra, trocarmos o churrasco por uma macarronada com almôndegas feitas de larva. Na última segunda-feira, a FAO divulgou um relatório em que incentiva a criação em larga escala de insetos para o consumo humano. Descontextualizada, a proposta pode gerar algum espanto.

No entanto, há pelo menos uma década a organização analisa dietas baseadas na ingestão de insetos como fonte de proteínas, especialmente na Ásia e na África. “Os estudos começaram na África, onde a contribuição dos insetos como fonte de proteína na dieta é muito alta. Em alguns casos, na República Central da África, na época de chuvas, pode chegar a 30% da proteína que entra na dieta, já que a caça e a pesca ficam muito comprometidas com as cheias”, explica Vantomme. Informa o Barreiras Notícias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário