O salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$$ 2.674,88 em janeiro para que suprisse suas necessidades básicas e da família, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação veio da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 18 capitais do Brasil.
Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 318,40, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 3,95 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 678,00, que passou a valer em janeiro.
O valor é maior que o apurado para dezembro, quando o mínimo necessário foi estimado em R$$ 2.561,47 (4,12 vezes o piso então vigente, de R$ 622,00). Em janeiro de 2012, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.398,82, ou 3,86 vezes o mínimo de então, de R$ 622,00. A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário, para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em janeiro de 2013, o conjunto de bens essenciais, caiu na comparação com dezembro.
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