Alguns livros didáticos de história do Brasil utilizados pelas escolas militares do país não contém informações imprescindíveis para o entendimento de alguns episódios da ditadura militar (1964-1985). Um livro da coleção Marechal Trompowsky relata que o golpe foi instaurado “por grupos moderados e respeitadores da lei”. A publicação afirma também, que o Congresso declarou a Presidência da República vaga antes de eleger o general Castello Branco presidente, logo após o golpe, mas omite o fato de que o presidente deposto João Goulart ainda estava no país. Em todo o território existem 12 escolas militares com um total de 14 mil alunos matriculados entre o 6º ano e o 3º ano do ensino médio. O livro "500 anos de História do Brasil" diz que a Guerrilha do Araguaia (1972-1975) terminou após "a fuga dos líderes", sem fazer referência às mortes e ao desaparecimento dos guerrilheiros encontrados pelo Exército. O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles, relatou que os livros podem ser recomendados pela entidade. "É preciso respeitar a autonomia (das escolas militares), mas não se pode fugir completamente ao programa adotado nas outras escolas públicas e privadas”, afirma. Em nota o Ministério da Educação afirmou que não pode interferir no currículo das escolas militares.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Livros de escolas militares omitem fatos importantes da ditadura.
Alguns livros didáticos de história do Brasil utilizados pelas escolas militares do país não contém informações imprescindíveis para o entendimento de alguns episódios da ditadura militar (1964-1985). Um livro da coleção Marechal Trompowsky relata que o golpe foi instaurado “por grupos moderados e respeitadores da lei”. A publicação afirma também, que o Congresso declarou a Presidência da República vaga antes de eleger o general Castello Branco presidente, logo após o golpe, mas omite o fato de que o presidente deposto João Goulart ainda estava no país. Em todo o território existem 12 escolas militares com um total de 14 mil alunos matriculados entre o 6º ano e o 3º ano do ensino médio. O livro "500 anos de História do Brasil" diz que a Guerrilha do Araguaia (1972-1975) terminou após "a fuga dos líderes", sem fazer referência às mortes e ao desaparecimento dos guerrilheiros encontrados pelo Exército. O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles, relatou que os livros podem ser recomendados pela entidade. "É preciso respeitar a autonomia (das escolas militares), mas não se pode fugir completamente ao programa adotado nas outras escolas públicas e privadas”, afirma. Em nota o Ministério da Educação afirmou que não pode interferir no currículo das escolas militares.
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